Qantas Airways enganou 900.000 clientes com voos inexistentes: tribunal
Aviões da Qantas são vistos no Aeroporto Internacional Kingsford Smith, após o surto de coronavírus, em Sydney, Austrália, 18 de março de 2020. Foto da Reuters
A Qantas Airways da Austrália enganou 900 mil clientes através de um sistema de “voo fantasma” que oferecia serviços inexistentes, mostra um documento judicial.
Entre maio de 2021 e agosto de 2023, a maior companhia aérea do país vendeu conscientemente bilhetes que já tinha cancelado sem informar os seus clientes, afirmou o Tribunal Federal da Austrália num comunicado divulgado recentemente ao público.
Quando a companhia aérea cancelava um voo, ela remarcava os passageiros em voos alternativos.
Até 884 mil clientes não foram informados imediatamente de que iriam viajar em voos já cancelados.
Os gestores seniores da Qantas sabiam dos impactos desta prática sobre os passageiros.
“A Qantas estava ciente da forma como seu sistema operava”, disse o comunicado. “Os consumidores sofreram danos como resultado da conduta contrária da Qantas.”
A Qantas pagou no ano passado AUD$ 120 milhões (US$ 82 milhões) em multas e indenizações para resolver o caso.
As alegações dos reguladores australianos levaram à saída prematura do CEO Alan Joyce em setembro passado.
Os sistemas da companhia aérea foram atualizados desde então.