Órgão de fiscalização holandês quer mais poderes após UE abandonar investigação sobre a Microsoft Inflection
A Autoridade Holandesa para Consumidores e Mercados (ACM) declarou que precisa de novos poderes depois que a Comissão Europeia decidiu não investigar a aquisição da startup de IA Inflection pela Microsoft.
O regulador do Reino Unido, a Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA), decidido o acordo era pequeno demais para se preocupar com isso no início deste mês. E ontem a Comissão disse não abriria uma investigação sobre o caso depois que os estados-membros retiraram seus pedidos de encaminhamento à luz do julgamento do Tribunal de Justiça Europeu no caso Illumina/GRAIL.
Iluminar prevaleceu no tribunal superior da Europa no início de setembro sobre sua aquisição de US$ 7,1 bilhões da fabricante de testes de diagnóstico GRAIL. A vitória significou o fim da Comissão aceitando indicações para aquisições que não atingiam os limites de receita, mas que poderiam eventualmente resultar em distorções de mercado.
Como, por exemplo, uma gigante da tecnologia que adquire uma startup que não tem muita receita no momento, mas pode representar concorrência no futuro.
Martijn Snoep, presidente do conselho da ACM, disse: “Resta saber se a posição mais forte da Microsoft após adquirir a Inflection tem alguma consequência negativa para consumidores e empresas na Holanda, como menos opções ou inovação reduzida. É por isso que acreditamos que uma investigação era necessária.
“A capacidade de avaliar os efeitos desses tipos de aquisições e de impedir o poder de mercado não existe neste momento. Para poder fazer isso, a ACM precisa de um novo poder. Isso também restauraria a capacidade da ACM de encaminhar esses tipos de aquisições que têm efeitos em toda a Europa para a Comissão Europeia.”
A Microsoft não quis comentar o anúncio da ACM.
No início deste ano, a gigante do software anunciado a formação de uma nova divisão de IA liderada por Mustafa Suleyman e Karén Simonyan, dois dos três fundadores da Inflection. Ambos trabalharam anteriormente na DeepMind, que foi adquirida pelo Google em 2014. De acordo com relatóriosa maioria dos 70 funcionários da startup de IA veio como parte do acordo.
A mudança, que pode ser vista como uma aquisição por contratação, despertou interesse dos reguladores já considerando o investimento da Microsoft na OpenAI e a participação da empresa na Mistral.
A ACM retirou seu pedido de encaminhamento sobre a ação da Microsoft, uma vez que ainda não tem o poder de avaliar aquisições que fiquem abaixo dos limites de notificação – neste caso, o faturamento relativamente baixo da Inflection. ®