Senado aprova projeto de lei de emenda à Lei de Finanças, aumenta imposto sobre lucros extraordinários de bancos para 70%
O senado nigeriano aprovou ontem o projeto de lei de emenda à lei de finanças de 2023 e aumentou a taxa extraordinária sobre os ganhos de reavaliação cambial dos bancos de 50%, conforme proposto pelo presidente, para 70%.
O presidente do Comitê de Finanças do Senado, senador Sani Musa, leu o relatório do Comitê de Finanças antes de ser finalmente aprovado.
Além disso, o senado também alterou a data de início da lei alterada de 1º de janeiro de 2023 para o início da nova política cambial depois que o senador Aminu Waziri Tambuwal levantou objeções à natureza retroativa da emenda.
Os membros da Câmara Vermelha também aumentaram o cronograma para a aplicação da taxa extraordinária a partir do final de 2023 para todos os lucros de transações de câmbio desde o início da nova política cambial até o ano fiscal de 2025, conforme estipulado na cláusula 2 da emenda.
É importante observar que o Banco Central da Nigéria (CBN) introduziu a nova política de câmbio por meio da unificação de todos os segmentos do mercado de câmbio em 14 de junho de 2023.
O senado também aprovou o projeto de lei de emenda à lei de dotações de 2024 para adicionar N6,2 trilhões ao orçamento de 2024 para despesas recorrentes, o que inclui o pagamento do novo salário mínimo de N70.000 e projetos de infraestrutura de esperança renovada em todo o país.
História de fundo
O presidente Bola Tinubu havia escrito anteriormente ao senado buscando alterar a lei de finanças de 2023 para introduzir o pagamento de um imposto único sobre os lucros da reavaliação cambial dos bancos no ano fiscal de 2023.
A emenda especifica que se os bancos não remeterem o valor exigido à autoridade apropriada, eles, mediante condenação, serão obrigados a pagar o imposto retido junto com uma multa de 10% e juros à taxa de desconto mínima do Banco Central da Nigéria (CBN). Além disso, os principais funcionários podem enfrentar prisão.
Reação à proposta
A proposta agora alterada gerou discussões sobre o momento e a legalidade da proposta, com os principais órgãos fiscais e consultivos se envolvendo na emenda.
A KPMG Nigéria criticou o imposto extraordinário de 50% sobre os ganhos de reavaliação cambial dos bancos registrados em 2023, sugerindo que isso poderia levar a disputas legais. A empresa destacou que a política tributária da Nigéria não suporta impostos retroativos.
A PwC Nigéria expressou preocupações de que a imprevisibilidade do imposto sobre lucros extraordinários, aplicado aos lucros já declarados para 2023, poderia desencorajar investimentos.
Além disso, um advogado de destaque Dra. Olisa Agbakoba observou que a emenda proposta à Lei de Finanças é uma política mal pensada e está além do escopo da Assembleia Nacional. Ele mencionou ainda que se a proposta for aprovada, o ônus será transferido para os clientes dos bancos